Nesta quinta-feira (25), em entrevista à imprensa, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), afirmou que as obras da CCR Metrô Bahia, empresa responsável pelas obras e gestão do metrô da capital baiana, na Avenida Tenente Frederico Gustavo dos Santos (a via do “Bambuzal” do aeroporto) estão embargadas.
“Eu vi uma foto da Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo [Sedur] que mostra claramente se foi ou não representativa a retirada do espaço que foi retirado. A foto é contundente. Foi cometida uma agressão terrível a um patrimônio natural de Salvador, a um cartão postal da nossa cidade”, disse o demista durante inauguração da Unidade de Saúde da Família (USF) Recanto da Lagoa II, no bairro de Fazenda Coutos.
E continua: “não houve nenhuma orientação minha. Eu disse ‘adotem a posição técnica’. Não teve interferência política nessa decisão. Dei autonomia. O secretário [Sérgio Guanabara] me comunicou ‘prefeito não tem como interditar’. É uma coisa que choca. Está interditada. A CCR está multada. Ela vai ter que pagar sua multa, vai ter que fazer o licenciamento com a prefeitura, para que então a obra possa ser liberada. E terá que apresentar uma proposta de recomposição”, explicou.
Na quarta-feira (24), após a Sedur informar que a obra estava embarga, ao site, a assessoria da CCR informou que “todas as obras do viário na região do aeroporto estão devidamente licenciadas. Além disso, acrescentou que a “intervenção na área do bambuzal ainda não foi iniciada”. A concessionária detalhou ainda que está preparando documentação de defesa para responder ao órgão competente nos próximos dias.
Na tarde do mesmo dia, o governador Rui Costa, provocou a prefeitura e anunciou um projeto para o local. “A última que fizeram contra mim foi plantar uma notícia falsa sobre o bambu do aeroporto. Em hipótese alguma vamos retirar. Aquilo é uma referência, um cartão postal, e vai continuar sendo. Quanto mais me provoca, mais eu vou trabalhar. Já pedi ao meu secretário da Casa Civil que quero um projeto de revitalização e iluminação cênica”, disse.
Informações do repórter Guilherme Reis