Endocrinologistas alertam para sintomas comuns do dia a dia que podem ser os primeiros indícios da doença; confira

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Muita gente só descobre que tem diabetes tipo 2 quando já está enfrentando complicações. Isso porque os primeiros sinais da doença são sutis, confundidos com o estresse da rotina, noites mal dormidas ou má alimentação. O problema: enquanto os sintomas são ignorados, a glicose elevada vai causando danos silenciosos ao organismo.
“É muito preocupante quando o diagnóstico vem tarde. Muitas vezes, o paciente já está convivendo com glicemia alta há anos sem saber”, afirma a endocrinologista Jamilly Drago.
Ela explica que, nesse tempo, as complicações começam a se instalar, mesmo sem grandes sintomas. “O corpo vai sendo afetado aos poucos. Podem surgir problemas cardiovasculares, como infartos e AVCs; doença renal crônica, com risco de hemodiálise; neuropatia, que pode levar à perda de sensibilidade e amputações; e retinopatia, com risco de cegueira.”
Por isso, segundo a médica que atua na clínica Metasense, é essencial investigar qualquer sinal de alerta. “Fazer exames periódicos e buscar orientação médica o quanto antes faz toda a diferença para evitar essas complicações.”
Sinais de alerta: quando o corpo está pedindo atenção
A endocrinologista Wanessa Stival reforça que a diabetes tipo 2 costuma se desenvolver de forma lenta, o que dificulta o reconhecimento. “O corpo se adapta às mudanças e muita gente só percebe quando algo mais grave acontece”, diz.
A profissional, que atua na clínica Hewa, lista os sintomas mais comuns que costumam ser ignorados:
- Fadiga constante;
- Infecções urinárias frequentes;
- Tontura ou irritabilidade após comer muito carboidrato;
- Sonolência depois das refeições;
- Desejo frequente por doces;
- Dificuldade para emagrecer, mesmo com dieta;
- Ganho de peso abdominal;
- Pele escurecida no pescoço ou axilas (acantose nigricans);
- Gordura no fígado sem explicação aparente.
Segundo a médica, sintomas como sede excessiva, cansaço e irritabilidade são frequentemente subestimados por parecerem “normais”: “A pessoa acha que é só cansaço, calor ou alimentação ruim. Mas esses pequenos sinais podem ser o começo de um distúrbio metabólico.”
A recomendação, para as duas especialistas, é clara: ao menor sinal de alteração no corpo — especialmente se houver fatores de risco como obesidade ou histórico familiar —, o ideal é procurar um médico e fazer exames de rotina.
“O corpo avisa antes da diabetes chegar. Ouvir esses sinais pode evitar complicações e garantir mais qualidade de vida”, conclui Wanessa.
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