Ex-diretora acusa gestão de Ednaldo da CBF de assédio sexual e moral e cobra R$ 1,8 milhão de indenização na Justiça

 

Por :Lauro Jardim

CBF: sede de confuões — Foto: Reprodução

 

A CBF de Ednaldo Rodrigues está sendo acusada de assédio moral e sexual pela ex-diretora de Infraestrutura da entidade, Luisa Xavier, numa ação protocolada em 21 de dezembro no TRT do Janeiro.

Na ação, de 400 páginas, Luisa detalha pela episódios em que diz ter sido assediada (reuniões, prints, emails, etc) e pede uma indenização de R$ 1,8 milhão.

Luisa foi a primeira mulher a ter o cargo de diretora da CBF. Assumiu em abril de 2022 e deixou o posto, demitida, em julho de 2023.

Ela cita também que, apesar de ser subordinada somente a Ednaldo, a partir de agosto de 2022, o então presidente parou de receber e atendê-la.

E que era exposta a toda forma de humilhação e por inúmeras vezes sentiu-se constrangida diante das conversas de cunho machista. Relata também que era constantemente convidada a sair para almoços e jantares com diretores, fora do local de trabalho.

Na ação, que corre em segredo de Justiça, Luisa afirma que em maio de 2023 fez denúncias de assédios no comitê de ética da CBF. Mas que dois meses depois foi demitida numa reunião com três diretores da CBF, que a acusaram de vazar documentos à imprensa. Os diretores eram Hélio Menezes (de governança), Gamil Föppel (Jurídico) e Alcino Reis (secretário-geral).

Afastado do comando da CBF em 7 de dezembro por uma decisão do TJ-RJ, Ednaldo pode ser reconduzido hoje ao cargo ao cargo por Gilmar Mendes, que julga hoje uma relator ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pelo PCdoB.